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Histórico da elaboração das Referências Curriculares para EP (Documentos de Santa Bárbara, Junho de 2003)
As Referências Curriculares para a Engenharia de Produção são resultado de um processo longo e coletivo de construção, nascido e conduzido pela comunidade da EP em seus fóruns oficiais (ENEGEP e ENCEP).
Segue-se um breve histórico desse processo, iniciando-se pelo GT de Graduação no ENEGEP de 1996 (Piracicaba - SP) e seguindo até a aprovação pela Plenária do ENEGEP de 2003 (Ouro Preto - MG).
- ENEGEP de 1996 (Piracicaba - SP): é dada continuidade às discussões sobre a existência de uma base tecnológica própria da EP. Não há a elaboração de nenhum documento formal.
- ENEGEP de 1997 (Gramado - RS): no GT de Graduação é apresentado um artigo elaborado pelos Professores Fernando César Almada Santos, João Alberto Camarotto, Targino de Araújo Filho e pelos acadêmicos Matheus Cecílio Gerólamo e Ricardo Kazuo Iwamoto, intitulado "Necessidades de Reformulação da Legislação Regulamentadora dos Currículos de Graduação em Engenharia de Produção" , mostrando como os principais cursos de EP compunham suas respectivas grades curriculares. A partir disso o GT de Graduação elaborou uma primeira proposta de base tecnológica própria da EP juntamente com uma definição de EP, que foi levada à reunião plenária e aprovada como referência para as discussões no ENCEP seguinte.
- ENCEP de 1998 (Itajubá - MG): o documento aprovado no ENEGEP de Gramado é retomado e serve como base para a elaboração de uma proposta de criação da Grande Área de Engenharia de Produção. Essa proposta foi encaminhada ao MEC e à Comissão de Especialistas em Ensino de Engenharia (CEEE) da SESu/MEC, que à época colhia contribuições para a elaboração das diretrizes curriculares, como uma contribuição da ABEPRO. Foi solicitado ainda que as IESs acolhessem a proposta e a encaminhassem na forma de contribuição à CEEE.
- ENEGEP de 1998 (Niterói - RJ): a proposta de Itajubá é retomada em discussão no GT de Graduação, a fim de que ajustes pudessem ser feitos. Na plenária do ENEGEP a proposta foi aprovada.
- ENCEPs de 1999 e 2000 (Natal - RN): a discussão girou em torno das propostas de Diretrizes Curriculares que estavam sendo elaboradas pela CEEE, tendo havido contribuições que foram encaminhadas ao MEC.
- ENCEP de 2001 (Rezende - RJ): o documento de Itajubá volta à discussão para aperfeiçoamentos. Algumas alterações são incorporadas, mas não se fecha um novo documento, mas uma proposta que deveria ser mais bem avaliada pela comunidade de EP e rediscutida nas reuniões seguintes dos fóruns oficiais da ABEPRO.
- ENCEP de 2002 (Manaus - AM): o documento de Rezende é rediscutido e forma-se a Comissão de Graduação da ABEPRO, com a finalidade de sistematizar novas contribuições e de assessorar a CEEE na elaboração de novas referências para a avaliação de cursos de EP (Avaliação de Cursos do INEP). Como decorrência da reunião, a Diretoria da ABEPRO decidiu publicar em sua página na Internet um documento de referência para a área intitulado "Panorama Atual da Engenharia de Produção", em que era sintetizada a estrutura da área em torno das suas sub-áreas, o foco e a identidade do profissional de Engenharia de Produção, ao lado de análise jurídica sobre a independência desse ramo de engenharia dentro do Sistema Profissional. Além do texto divulgado, uma palestra com a mesma denominação foi publicada na página.
- Logo após o ENCEP, a SESu/MEC, entre os meeses dejulho e setembro de 2002, acolheu a sugestão do Prof. Nivaldo Coppini (então membro da CEEE e Presidente da ABEPRO) de participação da Comissão na elaboração dos parâmetros quantitativos e de alguns qualitativos para o Manual de Avaliação do Curso de Engenharia de Produção - 2002. Destaca-se que esse instrumento era utilizado anteriormente ao SINAES.
- ENEGEP de 2002 (Curitiba - PR): a proposta de Rezende ainda continua em discussão. Algumas alterações na Comissão de Graduação são efetuadas, com a incorporação de novos membros e com a saída de outros.
- ENCEP de 2003 (São Bernardo do Campo - SP): a proposta elaborada em Rezende e discutida nos ENEGEPs de 2001 (Salvador - BA) e 2002, e no ENCEP de 2002 é retomada e a discussão passa a ter a Resolução CNE-CES 11/02 como balizadora. Além disso, contou-se com a presença do então Presidente do INEP que expôs o SINAES, fator que alavancou a retomada da discussão desses documentos, inclusive do manual de avaliação elaborado no ano anterior. Nesse mesmo ENCEP inicia-se a aproximação entre a ABEPRO e o sistema profissional (CONFEA/CREAs). Surge ainda a questão da carga horária e duração dos cursos de graduação. A reunião plenária final decide que um grupo formado a partir da Comissão de Graduação deveria se reunir no mês de julho em Santa Bárbara d'Oeste e elaborar documentos de: Referências Curriculares para EP; Carga Horária e Duração dos cursos de EP; Proposta de Resolução Específica para EP ao CONFEA. Esses documentos deveriam ser repassados aos demais membros da Comissão de Graduação para ajustes e, após isso, publicados para conhecimento da comunidade visando a discussão no ENEGEP de 2003.
- Reunião de Santa Bárbara d'Oeste - SP em Julho de 2003: reuniu-se o grupo formado a partir da Comissão de Graduação (professores Gilberto Dias da Cunha, Milton Vieira Junior e Vanderli Fava de Oliveira), acrescido da participação dos professores Paulo Rangel e Wilson Hilsdorf, representando o sistema profissional. Após três dias de trabalho, tendo por base todos os documentos elaborados até então nos ENEGEPs e ENCEPs anteriores, o grupo elaborou um conjunto de documentos que continha: Referências Curriculares da Engenharia de Produção, baseadas nas Diretrizes Curriculares; Parecer sobre duração, carga horária e integralização dos cursos de Engenharia de Produção; Proposta de substituição da Resolução CONFEA 235, com exposição de motivos; Glossário técnico da área de Engenharia de Produção. Esse conjunto de documentos foi encaminhado a todos os membros da Comissão de Graduação para conhecimento e sugestões, para posterior divulgação na página da ABEPRO para conhecimento da comunidade de EP visando a discussão e aprovação no ENEGEP de 2003. Ao mesmo tempo, esses documentos foram levados pelo prof. Paulo Rangel à CEP (Comissão do Exercício Profissional) do CONFEA para serem considerados na discussão da nova regulamentação do exercício profissional que estava em construção.
- ENEGEP de 2003 (Ouro Preto - MG): os documentos elaborados na reunião de Santa Bárbara são formalmente apresentados no GT de Graduação e na reunião plenária, momentos em que foram formalmente aprovados como referências da EP. Em paralelo a isso, iniciou-se um trabalho visando a participação da ABEPRO nos processos de avaliação dos cursos de EP (em especial, SINAES).
- ENCEP de 2004 (Vila Velha - ES): os documentos consolidados foram entregues à representação do CONFEA, na pessoa do Prof. Ruy Carlos de Camargo Vieira, à época consultor do CONFEA para a elaboração da nova regulamentação do exercício profissional. Desse forma, os documentos da ABEPRO firmaram-se como referências da área para o Sistema Profissional, e após algumas modificações determinadas em Assembléias próprias do Sistema, tornou-se a definição oficialmente utilizada pelo mesmo de Campo de Atuação do Engenheiro de Produção na Resolução CONFEA 1010 de 22 de agosto de 2006.
- ENEGEP de 2004 (Florianópolis - SC): pela primeira vez o GT de Graduação contou com a participação oficial de um representante docente das IESs da República Argentina, visando a discussão da EP no âmbito do Mercosul.
- Em novembro de 2004 o Inep solicita a representação da ABEPRO no processo de discussão para a elaboração do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE). Nesse processo de discussão ficou firmada a posição da EP como um dos principais ramos de Engenharia dentro do Sistema Educacional, ladeando com áreas mais tradicionais da Engenharia, a saber: Civil, Mecânica, Elétrica, Química e Materiais. Na seqüência das discussões, já em fevereiro de 2005 foi formada a Comissão Assessora da área junto ao Inep/MEC, com as funções de auxiliar aquele órgão na elaboração de procedimentos inerentes ao SINAES (Enade e Avaliação de Cursos de Graduação). Em novembro de 2005 é realizado o Enade das Engenharias, com prova própria para a EP elaborada tendo por base a definição das sub-áreas adotada pela ABEPRO e consubstanciada em portaria própria inerente ao edital do exame.
- ENEGEP de 2005 (Porto Alegre - RS): atendendo a solicitação do CNPq, foi aprovada a proposta da ABEPRO para a reformulação da área de EP na TAC (Tabela de Áreas de Conhecimento), inteiramente extraída dos documentos anteriormente gerados para os Sistemas Educacional (Inep/MEC) e Profissional (CONFEA/CREAs).